Laianne Plácido Lima, 25 anos, cresceu no bairro Pirambu, em Fortaleza, enfrentando desafios que fariam muitos desistirem.
Filha de Maria Célia, zeladora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Laianne estudou a vida toda em escolas públicas. E, mesmo contra as probabilidades, ela foi aprovada em medicina na Universidade Federal do Ceará (UFC).
“Não tinha livros, apostilas, computador ou uma mesa para estudar. Não tinha tutor, professor, alguém que dissesse que ia dar certo”, relembra Laianne.
“Aqui onde eu vivo, quando você olha pro lado, dificilmente vê exemplos de pessoas que conseguiram entrar numa universidade e se formar. Era uma realidade distante da minha.”
Durante 8 anos, Laianne tentou o vestibular, sem estrutura, apoio externo ou recursos financeiros. Ela estudava na biblioteca da UFC, chegando cedo e saindo apenas à noite.