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A partir deste mês, os funcionários públicos de Tóquio poderão adotar a semana de trabalho de quatro dias — uma iniciativa ousada para incentivar a natalidade, melhorar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e enfrentar a crescente crise populacional do Japão.

A governadora Yuriko Koike anunciou o plano durante um discurso político, destacando que a cidade vai “revisar os modelos de trabalho com flexibilidade” para garantir que os trabalhadores não se sintam obrigados a abandonar suas carreiras diante de grandes eventos da vida, como o nascimento de filhos ou os cuidados com crianças. O plano também prevê que pais de crianças pequenas possam encerrar o expediente mais cedo, em troca de uma leve redução salarial.

A taxa de fecundidade do Japão atingiu um novo recorde negativo em 2023: apenas 1,2 filho por mulher — bem abaixo dos 2,1 necessários para manter a população estável. Com apenas 727.277 nascimentos no ano passado, o país enfrenta uma das quedas demográficas mais graves do mundo. Especialistas atribuem a crise, em parte, à cultura japonesa de excesso de trabalho e ao alto custo de vida, que dificultam o planejamento familiar — especialmente para mulheres que acumulam funções profissionais e domésticas.

A decisão de Tóquio reflete um interesse global crescente pelas semanas de trabalho reduzidas, que, segundo estudos, podem aumentar a produtividade e o bem-estar.

fonte:babadeira

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